terça-feira, 30 de agosto de 2011

O jornalismo na visão de Keka Werneck

Fabiana Pinheiro
Sidney Mendes
Silvia Santana

Durante o 1º Encontro do Sindicato dos Jornalistas (Sindijor) na Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), campos regional de Alto Araguaia, nos dias 26 e 27 de agosto, a jornalista e assessora de imprensa da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Keka Werneck concedeu entrevista aos acadêmicos do 5° semestre de jornalismo e falou sobre vários assuntos. Entre eles carreira, mídia e a importância de eventos como o realizado pela Unemat em parceria com o Sindjor para a troca de experiências entre profissionais e acadêmicos.


Jornalista Keka Werneck
Alunos Unemat – De onde surgiu esse codinome Keka?

Keka Werneck – Então, esse é meu nome desde pequena. Por uma questão de identidade eu mantive.

Alunos Unemat – Qual sua posição a respeito da não obrigatoriedade do diploma de jornalismo para o exercício da profissão?

Keka Werneck – Então, essa é uma questão bastante difícil de ser discutida. Eu gostaria de dizer que eu valorizo muito a escola. Acho que esse momento escolar é muito importante, independente de o diploma ser obrigatório ou não, apesar dos limites dessas faculdades, mas eu acho que sim, que precisa do diploma pra exercer a profissão. Mas isso não quer dizer que eu tenha uma postura preconceituosa com que não tenha o diploma. Eu reconheço que existem pessoas que são bons jornalistas. Existem muitos lugares que não têm faculdade e existem pessoas sérias atuando. Assim como têm picaretas com ou sem diploma.
 Alunos Unemat – Quem não tem diploma pode se filiar ao sindicato?

Keka Werneck – Não. Hoje ele não pode a não ser que ele conquiste isso na justiça. Por decisão do Congresso Nacional e da Federação Nacional dos Jornalistas, os sindicatos não estão autorizados a sindicalizar não diplomados e a FENAT (Federação Nacional dos Trabalhadores) não está expedindo Carteira Profissional para quem não tem diploma.

Alunos Unemat – Quais são os desafios enfrentados por uma assessora que está à frente de uma instituição como a UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso)?

Keka Werneck – Uma assessoria tem a função de levar, com clareza, o que aquela entidade representa. Então, o desafio é você conseguir dialogar com os meios de comunicação essa proposta do seu assessorado. Também é um desafio você manter sua ética e lembrar dos seus limites.

Alunos Unemat – O que um jornalista recém-formado precisar fazer para conseguir se filiar ao sindicato dos jornalistas?


Keka Werneck – Ele deve se dirigir até a sede do sindicato que fica em Cuiabá. Mas as pessoas que são do interior podem fazer isso através do telefone, via correio, enfim, informar que tem o diploma, mandar uma cópia ou informar o número do registro.

Alunos Unemat – Precisa fazer alguma prova?

Keka Werneck – Não, não, absolutamente. Nós somos totalmente contra o aluno passar por outra prova após uma faculdade. A sindicalização não é mercado de trabalho. O aluno simplesmente está se reconhecendo como trabalhador e que quer participar daquela entidade junto com seus colegas de profissão.

Alunos Unemat – O que ou quem te fez optar pelo jornalismo?

Keka Werneck – Eu tinha duas opções: jornalismo ou medicina. As duas pelo mesmo motivo: a vontade de intervir na sociedade. Através do jornalismo dando notícias, aquela coisa de querer mudar o mundo. E através da medicina através de uma prática mais solidária da medicina, nas periferias. Dois caminhos que parecem diferentes, mas que me levariam a um ou outra é a mesma coisa. Optei pelo jornalismo porque eu achava que dava para mudar o que ta aí, e dá né? Não dá para mudar tudo, mas dá para fazer a parte da gente.

Alunos Unemat – Qual sua visão a respeito do cenário da comunicação quanto aos tipos de reportagens?

Keka Werneck – Acho que o jornalismo está muito viciado, dando sempre as mesmas noticias. Acho que a gente precisava enxergar as coisas de uma forma mais ampla. Temos muito poucas boas noticias, cria-se uma idéia de que tudo é muito ruim. Muita denúncia, corrupção, e, no entanto, a vida da gente não é feita só disso, né? Acho que a gente deveria tratar de outras questões também. Tentar enxergar mais o cidadão que o poder instituído. Acho que a gente ouve muito as fontes oficiais e ouve pouco a população.

Alunos Unemat – Qual sua opinião a respeito da interiorização dos cursos da Unemat?

Keka Werneck – Eu acho muito bom ter mais opções no interior. E ela tem um caráter de atender a imprensa do interior. O tamanho dela, o que ela quer falar, o importante é que ela esteja em harmonia com a imprensa do interior. Que ela não queira ficar formando gente pra grande mídia, mas para aquela mídia que vá atender aquela população dali.

Alunos Unemat – Qual sua opinião a respeito de ações como essa realizada em Alto Araguaia pelo sindicato?

Keka Werneck – Eu acho muito importante. O sindicato deveria fazer isso mais vezes. A gente troca idéia, a gente ouve como vocês estão pensando e a gente volta com outras informações também. Então, é muito bom pra nós e pra vocês. É uma troca muito boa, interessa a todo mundo. O Mato Grosso é muito grande, é bom que a gente conheça realidades diferentes. É bom pra quem é do lugar e pra quem vem visitar. É uma boa troca de experiências para ambas as partes.

Foto: Fabiana Pinheiro

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Dilma está entre as 100 mulheres mais poderosas do mundo

De acordo com a Revista “Forbes”, divulgada nesta quarta-feira (24), a presidente Dilma Roussef é a terceira mulher mais poderosa do mundo.

Dilma é a brasileira mais bem colocada
Na lista das 100 mulheres mais poderosas do mundo estão oito chefes de Estado e 29 presidentes executivas. Elas têm em média 54 anos e juntas controlam U$$ 30 trilhões. Dos nomes, 22 delas são solteiras.

Segundo a publicação, Dilma fez história como à primeira mulher a liderar a maior potência econômica da América Latina, enquanto Merkel foi citada como a única mulher chefe de uma economia global real da Europa.

Segundo a Forbes, as mulheres da lista alcançaram poder não apenas por meio de dinheiro e força, mas graças à mídia social e também por alcance e influência.

Michele Obama, primeira-dama dos Estados Unidos, era a número um da lista divulgada pela Forbes. Em 2011, porém, caiu sete posições e atualmente ocupa o oitavo lugar. (Com informações Revista Forbes)

Foto: http://ptriodopires.spaceblog.com.br/

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Sindjor realiza debate e oficina para acadêmicos de jornalismo da Unemat

Fabiana Pinheiro

Os acadêmicos do Curso de Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) terão uma experiência importante na formação profissional. É que nos dias 26 e 27 de agosto será promovido no campus da instituição o 1º Encontro do Sindicado dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor) em Alto Araguaia (região sul de Mato Grosso).

 

O evento terá inicio às 20h30 no dia 26. Na ocasião haverá uma conferência que pretende esclarecer o papel do sindicato no Estado, sua importância e como funciona. A conferência, que deve acontecer no anfiteatro da instituição, será apresentada por jornalistas experientes. Entre os nomes confirmados está o da jornalista assessora imprensa da Associação dos docentes da Universidade Federal de Mato Grosso, Keka Werneck.

O Encontro do Sindicato dos Jornalistas ainda terá parceria com dois projetos de extensão que são desenvolvidos na Universidade. O Projeto ArtSet e o Projeto Circulando.

 

O evento é coordenado pelos professores Me. Eduardo Medeiros e Me. Iuri Barbosa Gomes. No sábado pela manhã, das 08h à 12h será ofertada oficina sobre “a prática de redação” oferecida para os acadêmicos. Os participantes receberão certificado de participação. O evento conta com o apoio da Unemat e Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso.